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Gustavo Chacra , correspondente em NY, e Luiz Raatz, do estadão.com.br

  Dez membros do Conselho aprovaram a resolução. Foto: Jason DeCrow/AP

O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou nesta quinta-feira, 17, a imposição de uma zona de exclusão aérea na Líbia e a adoção de todas as medidas necessárias para impedir o massacre de civis por tropas do ditador Muamar Kadafi. A medida recebeu dez votos favoráveis (EUA, Reino Unido, França, Líbiano, Bósnia e Herzegovina, Colômbia, África do Sul, Nigéria, Gabão e Portugal) e cinco abstenções: Brasil, China, Rússia, Índia e Alemanha. Tropas americanas, francesas, britânicas e de dois países árabes devem participar da ação militar. 


 

A decisão foi tomada um mês depois do início dos protestos pela derrubada do ditador, e uma semana após Kadafi ganhar terreno, em uma ofensiva que retomou diversas cidades do oeste da Líbia das mãos da oposição e chegou às portas de Benghazi, a capital rebelde.

As negociações estiveram sob o comando da França, do Reino Unido e do Líbano. Os Estados Unidos se envolveram mais intensivamente nos últimos dias depois que a Liga Árabe e a União Africana se posicionaram a favor da zona de exclusão aérea. O desafio, ao longo dos últimos dois dias, foi convencer a China e a Rússia a não vetarem a resolução.

A resolução também congelou os bens de mais sete indivíduos e cinco companhias, que se juntam aos membros do regime de Kadafi e seus familiares que já haviam sido punidos na resolução aprovada em fevereiro. Também reforçaram o embargo de armas. Para completar, o texto pede um cessar-fogo imediato.

 

 

Reação na Líbia

Em Benghazi, manifestantes pró-democracia celebraram a decisão da ONU, mostram imagens da rede de TV Al-Jazira. Kadafi, por sua vez, em entrevista ao canal português RTP, qualificou a medida de 'loucura e arrogância'.

Kadafi já havia ameaçado os rebeldes com um ataque final a Benghazi ainda hoje. O ditador fez um discurso via rádio no qual disse que as tropas do governo estão chegando à capital rebelde e lançarão uma ofensiva sem misericórdia.

Ação imediata 

Mais cedo, a França indicou que poderia participar de uma ação militar tão logo a ONU desse o sinal verde. "A partir do momento em que a resolução for aprovada, ações militares poderão começar nas horas seguintes", disse uma fonte diplomática francesa à AFP. "Ataques aéreos poderão começar já neste entardecer, ou amanhã, sexta-feira".

O ministro da Defesa da Itália, Ignazio La Russa, sinalizou que o país deve liberar a base na Sigonella na Sicília em uma eventual operação. "Não vamos nos esquivar de nossos deveres, ainda que defendamos a moderação", disse à Ansa.

Posição do Brasil

O Brasil, ao justificar a abstenção, afirmou que a posição brasileira "não significa uma aceitação do comportamento do governo líbio". De acordo com a embaixadora Maria Luiza Viotti, "o problema está no texto da resolução". Para a diplomata brasileira, "as medidas adotadas podem gerar mais danos do que benefícios". Além disso, segundo a representante brasileira junto à ONU, os movimentos no mundo árabe "têm crescido internamente. Uma intervenção externa alteraria esta narrativa, tendo repercussões na Líbia e em outros países".

 

 

 

 

 
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